Integridade de super-herói

Alberto Fernando Becker Pinto

Publicada em 28/02/2019 - Revista Expansão

Todo início de ano, no escritório, procuramos buscar inspiração, conhecimento e nos energizar, aquecendo as turbinas para realizar todos os projetos que estabelecemos. Agora, em 2019, não foi diferente. Tivemos a oportunidade de participar do maior evento de diferenciação do mundo, ocorrido em São Paulo.De largada, fomos provocados pelo Pedro Superti e refletir sobre Integridade. A mensagem nos foi tão impactante, que nos sentimos compelidos a compartilhá-la com o amigo leitor. Vamos a isso!

Segundo Aurélio Buarque de Holanda, podemos definir integridade da seguinte forma: característica daquele que está inteiro, que não sofreu diminuição; no sentido figurado, se trata de caráter, qualidade de pessoa íntegra, honesta, cujos atos e atitudes são irrepreensíveis. E a integridade é requisito essencial da liderança. Neste sentido, também significa muito mais do que apenas ser honesto, muito mais do que não fazer o que é errado.

Não precisamos de grande esforço para constatar que vivemos uma profunda crise de integridade, notadamente no âmbito de nossas lideranças, seja na política, seja no mundo corporativo. Porque as pessoas encarregadas de liderar precisam inspirar as outras pessoas, pelo exemplo. Precisam manter-se íntegras, pois, se os liderados o perceberem como uma mentira, tudo o mais cairá por terra.

As pessoas anseiam por uma liderança íntegra, esperando um comportamento padrão de super-herói. Não no sentido de andarem por aí cruzando os céus com capas e superpoderes. Na verdade, é bem mais simples que isso: verdadeiros heróis mantém sua palavra. Prometem e cumprem. Ou alguém imagina o Batman ou o Super-Homem combinando algo e depois descumprindo, faltando com a verdade e o compromisso empenhado? Ou, quem sabe, imaginam algum deles inventando uma desculpa e deixando alguém em apuros? É claro que não. Eles sabem que qualquer desculpa, por aparentemente conveniente que seja, enfraquece o caráter.

Heróis ajudam, sem esperar nada em troca. Doam, sem esperar receber. Encontram alegria nisso. E, substancialmente, não negociam seus valores. Mantém-se íntegros, jamais assumindo responsabilidades que sabem que não vão entregar. Este é o padrão moral que se exige de um líder, que pratique o exercício de fortalecimento também na construção do caráter, e não apenas na academia. Afinal, “não existe progresso sem bondade”, como bem diz o Pedro. Na sua família, na sua empresa, nos seus relacionamentos em geral, você tem sido íntegro? Com a mão no coração, reflita!